Mercado de trabalho

O que ninguém me contou antes de entrar no mercado dev

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Entrar no mercado dev é o sonho de muita gente. Salários altos, home office, estabilidade e liberdade geográfica são apenas algumas das promessas que atraem milhares de novos estudantes para o mundo da programação.

Mas a realidade por trás do primeiro emprego como desenvolvedor pode ser bem diferente do que muitos imaginam — principalmente se você se baseia apenas nos posts bonitos do LinkedIn.

Neste artigo, compartilho algumas verdades que ninguém me contou antes de começar minha carreira e entrar no mercado dev. Se você está dando seus primeiros passos, isso pode te poupar de frustrações e te preparar muito melhor para o que vem pela frente.

Segredos para entrar no mercado dev

Segredos para entrar no mercado dev

1. Não basta saber programar

Você pode dominar JavaScript, React, Python ou qualquer outra linguagem… mas ainda assim travar em entrevistas ou se frustrar em testes técnicos. Saber programar é só uma parte da equação.

Empresas esperam que você saiba trabalhar em equipe, versionar código com Git, se comunicar bem e ter uma postura profissional. Inclusive, recomendamos fortemente a leitura do artigo: Você já versiona seu código do jeito certo?

Além disso, o conhecimento técnico precisa ser acompanhado de maturidade para resolver problemas em contextos reais. Muitas vezes, os desafios do dia a dia envolvem lidar com código legado, entender requisitos confusos ou trabalhar com colegas de diferentes níveis de experiência.

Outra coisa que poucos mencionam: você não vai ter todas as respostas logo de cara. E tudo bem. Saber onde procurar, como fazer boas perguntas e ter humildade para aprender constantemente são habilidades que te tornam um profissional muito mais completo.

2. Para entrar no mercado dev o portfólio importa mais que o currículo

Muita gente se concentra em diplomas, mas esquece de mostrar o que realmente sabe fazer. Um portfólio bem montado com 2 ou 3 projetos reais vale mais do que uma lista de cursos no LinkedIn.

Recrutadores querem ver seu código no GitHub, seu raciocínio, sua organização. Ter um bom portfólio também mostra que você sabe aplicar na prática aquilo que estudou.

Não adianta apenas entender o conceito de uma API REST ou de um componente React — é preciso mostrar como você aplicou isso em um projeto real, com código limpo, organizado e bem documentado.

Além disso, o portfólio funciona como um cartão de visita digital. É por meio dele que muitas empresas te descobrem, sem que você sequer precise se candidatar. Ter um GitHub ativo, um site pessoal ou até mesmo publicações no LinkedIn sobre seus projetos pode abrir portas inesperadas.

Se ainda não montou o seu portfólio, temos um artigo aqui do blog com Dicas para montar seu portfólio como dev iniciante

3. O primeiro emprego pode ser mais difícil do que parece

Conseguir a primeira vaga como dev pode levar meses. O mercado é competitivo, e mesmo com muitas vagas abertas, empresas querem alguém minimamente pronto.

É comum ficar ansioso, duvidar de si mesmo e achar que “não leva jeito”. Mas isso é parte do processo. Uma boa dica é seguir fóruns como o Dev.to ou comunidades como a Rocketseat para trocar experiências e perceber que isso é normal na jornada.

Além disso, nem sempre o que você estuda em tutoriais reflete a complexidade e o ritmo de uma equipe real de desenvolvimento. Prazos, bugs urgentes e prioridades mudando a todo momento são parte do jogo.

Outro ponto que ninguém te conta: entrevistas técnicas podem ser cansativas e, às vezes, frustrantes. É comum errar nas primeiras tentativas. O importante é não encarar isso como fracasso, mas como parte do processo de adaptação e aprendizado.

Você também vai perceber que o networking faz diferença. Ter contatos na área, participar de comunidades e eventos pode acelerar bastante a conquista da primeira oportunidade.

É normal começar ganhando menos do que se esperava. O mercado valoriza experiência prática, e ela só vem com o tempo. O importante é não parar e continuar evoluindo um pouco todos os dias.

4. Soft skills fazem diferença

Soft skills para entrar no mercado dev

Saber lidar com pressão, dar e receber feedback, se comunicar de forma clara e trabalhar em equipe são habilidades cada vez mais valorizadas. Técnicas podem ser ensinadas — atitude e postura, não.

E isso vale especialmente para quem quer entrar em ambientes profissionais como empresas júnior, startups ou squads ágeis. Saber conversar sobre seu código é tão importante quanto saber escrevê-lo.

Você não precisa dominar todas as tecnologias para começar, mas precisa ter curiosidade e disposição para evoluir. O perfil mais valorizado no mercado hoje é o de quem sabe aprender — com autonomia, constância e espírito de melhoria contínua.

Estar aberto a feedbacks e usar erros como fonte de aprendizado vai te colocar à frente de muita gente. Em vez de se comparar com devs mais experientes, compare-se com a versão de você mesmo de um mês atrás.

5. O aprendizado nunca para ao entrar no mercado dev

O mercado dev muda rápido. Frameworks são atualizados, ferramentas evoluem e o que é tendência hoje pode ser obsoleto daqui a dois anos. Se você quer crescer na área, precisa desenvolver o hábito de estudar continuamente.

Aqui no Programadores Brasil a gente fala bastante sobre isso, como neste artigo: As linguagens de programação mais usadas em 2025

Conclusão: não se iluda, mas não desista

Entrar no mercado dev é difícil sim, mas vale muito a pena. Antes de mais nada é importante enxergar o cenário com realismo: a jornada exige dedicação, paciência e inteligência emocional.

Quanto mais você estiver preparado para os bastidores da profissão, mais chances tem de se destacar. E isso vai além de saber codar: envolve atitude, resiliência e vontade de crescer.

Se você está nesse caminho, recomendo baixar o nosso material gratuito: o Checklist do Dev FullStack.

📘 Ele não ensina código, mas mostra exatamente o que estudar em cada etapa para sair do zero com foco e estratégia.

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Diogo Pé

Autor e criador do Programadores Brasil

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